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Time - 10:00 AM, 01-01-2018 Pastor/Writer/Author - John Location - Temple, London EC4Y 7BB, UK

Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus

Guardar o pé quando entrar na casa de Deus é instrução para os filhos de Israel não se lançarem aos sacrifícios e votos, pois os que assim procedem não sabem que fazem mal.


Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus

Conteúdo do artigo

“GUARDA o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Eclesiastes 5:1)

 

Introdução

É comum aos preletores, quando quer fazer alguma crítica ao comportamento das pessoas durante a liturgia de uma reunião, lançarem mão do alerta do Pregador: ‘Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus…’.

Guardar o pé‘ é a base para protestarem: – ‘Ninguém tem mais respeito pelo sagrado!’; – ‘O ambiente do templo lembra mais uma rodoviária do que uma celebração a Deus!’ – ‘É muita conversas nos púlpitos!’; – ‘Até quando vamos permitir ‘paparazzi’ na igreja!’, etc.

No início do século vinte, ‘guardar o pé’ era o mesmo que os homens não utilizarem chapéu no interior do templo; senhoras utilizarem sapatos fechados; homens utilizarem paletó e gravata; mulheres utilizarem vestidos abaixo dos joelhos e com mangas compridas, etc.

Mas, analisando o texto Sagrado, é de postura, respeito e reverência com o templo que a exortação do Pregador se refere? Efusivamente ‘Não’!

 

Sacrifícios e votos

Do que trata a abordagem do Pregador? Como ‘guardar o pé’?

‘Guardar o pé’ remente a ideia de bem proceder; fazer o que é reto e justo; temer ao Senhor; obedecer a Deus.

Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!” (Pv 4:26).

O rei Salomão alerta aos filhos de Israel que o modo de proceder bem ao entrar no tempo é dar ouvidos à palavra de Deus, em lugar de oferecer sacrifícios.

“GUARDA o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Eclesiastes 5:1).

O motivo da exortação é explicito e taxativo:

‘… porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos’!

Esse alerta decorre da palavra de Deus anunciada por intermédio do profeta Samuel:

“Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22).

Se o prazer de Deus está em que se obedeça a Sua palavra, dar ouvidos à palavra de Deus é o que Ele requer do homem. Dessa assertiva conclui-se que, qualquer que se apresenta diante de Deus com sacrifícios não ‘guardou o seu pé’. Quando o homem não pondera a vereda dos seus pés, observa o seu proceder segundo a palavra de Deus, procede mal.

O alerta do Pregador tinha em vista o fato de os filhos de Israel ser dados a oferecerem sacrifícios, o que Deus nunca exigiu.

“Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos (Sl 51:16);

De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes” (Is 1:11);

“Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem; quem sacrifica um cordeiro é como o que degola um cão; quem oferece uma oblação é como o que oferece sangue de porco; quem queima incenso em memorial é como o que bendiz a um ídolo; também estes escolhem os seus próprios caminhos, e a sua alma se deleita nas suas abominações” (Is 66:3);

“Para que, pois, me vem o incenso de Sabá e a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocaustos não me agradamnem me são suaves os vossos sacrifícios” (Jr 6:20);

“Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios” (Jr 7:22);

“Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos” (Os 6:6);

“Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel? Antes levastes a tenda de vosso Moloque, e a estátua das vossas imagens, a estrela do vosso deus, que fizestes para vós mesmos” (Am 5:25 -26).

‘Guardar o pé’ não tem relação com liturgia, e sim com obedecer a Deus, pois que Deus tem prazer na obediência. O que Deus estabeleceu para os filhos de Israel obedecer, eles não obedeciam, porém, se lançavam aos sacrifícios.

“Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha. Quanto aos sacrifícios das minhas ofertas, sacrificam carne, e a comem, mas o SENHOR não as aceita; agora se lembrará da sua iniquidade, e punirá os seus pecados; eles voltarão para o Egito” (Os 8:12 -13).

O que foi ensinado pelo Pregador não se apartava da boca dos profetas:

“Com que me apresentarei ao SENHOR, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6:6 -8).

Quem oferece sacrifícios não sabe que procede mal, pois assim agiam os filhos de Israel, que são denominados ‘tolos’. Na verdade, o ‘tolo’ é a designação de quem é dado aos sacrifícios, e não um predicativo dos sacrifícios.

‘Louco’, ‘tolo’, ‘néscios’, etc., são predicativos utilizados como figuras para fazer referencia ao povo de Israel, tendo por base o que disse Moisés, e conforme foi anunciado pelos demais profetas:

“Recompensais assim ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai que te adquiriu, te fez e te estabeleceu?” (Dt 32:6);

“Deveras o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios para fazer mal, mas não sabem fazer o bem” (Jr 4:22);

“Loucos! Quem fez o exterior não fez também o interior?” (Lc 11:40).

Quando os filhos de Israel fossem ao templo não era para se fiarem em sacrifícios e muito menos em fazerem votos. Fazer votos é o mesmo que se ‘precipitar com a boca’, ou ‘apressar-se a pronunciar palavras’ (Ec 5:2).

O Pregador estabelece uma relação, demonstrando que da mesma forma que os sonhos são provenientes da muita ocupação, assim também os votos se proliferam dos ‘tolos’ (Ec 5:3).

O Pregador traz a lembrança dos seus instruendos que, se alguém fez algum voto a Deus, que não tarde em cumprir. Isto quer dizer que ele está dando vazão a alguém oferecer votos? Não!

Temos que lembrar que os filhos de Israel coletivamente fizeram um voto que cumpririam tudo quanto o Senhor ordenasse, porém, não cumpriram.

“Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos. E relatou Moisés ao SENHOR as palavras do povo” (Êx 19:8).

Fazer tudo o que Deus ordenou era o voto solene que os filhos de Israel deviam pagar, porém, ao não cumpriram, portanto, se fizeram tolos. Deus não se agradou da maioria, por isso foram destruídos no deserto, com exceção de dois: Josué e Calebe (1 Co 10:5).

O templo não era lugar de sacrifícios e votos, mas os filhos de Israel não se guardavam de tais práticas. Faziam votos, sendo que o melhor era não votar (Ec 5:5). Ofereciam sacrifícios, sendo que o melhor era obedecer (Ec 5:1).

De tudo, a conclusão do Pregador é: teme a Deus, ou seja, obedeça! (Ec 5:7).

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem” (Ec 12:13).

A suma de tudo é a obediência:

“Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício” (Pv 21:3);

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6:8).

Obedecer é justiça:

“E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o SENHOR nosso Deus, como nos tem ordenado” (Dt 6:25).

 

Como ‘guardar o pé’ hoje?

A instrução para os filhos de Israel era: guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus. Mas, como considerar essa lição em relação à Igreja?

Considerando que a Igreja de Cristo são os que creem em Cristo conforme as Escrituras, e que cada cristão em particular é membro do corpo de Cristo, certo é que em todos os momentos e lugares o crente está na presença do Deus vivo.

Pelo fato de crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus enviado ao mundo, o crente ‘guardou o seu pé’, pois tem obedecido ao mandamento de Deus:

“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” (I Jo 3:23).

Enquanto os filhos de Israel deveriam ‘guardar o pé’ quando iam ao templo não oferecendo sacrifícios ou fazendo votos, os crentes em Cristo não possuem um lugar, não necessitam de um tempo especifico, para estarem na presença de Deus e oferecerem sacrifício vivo.

Se alguém crê com o coração que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, e confessa que Cristo é o Senhor (Rm 10:9), tal homem procede bem diante de Deus, vez que adora a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:23).

O crente em Cristo é templo do Deus vivo (Ef 2:20 -22), edificado casa espiritual na condição de ‘pedras vivas’ (1Pe 2:5), sacerdócio real (1Pe 2:9), adentra com ousadia diante de Deus (Hb 10:19), e oferece como sacrifício o fruto dos lábios, pois confessa a Cristo, o Senhor (Hb 13:15).

Os filhos de Israel quando iam ao templo queriam oferecer sacrifícios e fazer votos diante de um sacerdote. Os cristãos, por sua vez, continuamente estão na presença de Deus por serem templos; e, na condição de sacerdotes, podem continuamente oferecer sacrifícios agradáveis a Deus!

“Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus” (Sl 50:23).

Ora, o crente em Cristo por confessar o nome de Jesus oferece sacrifício de louvor, o fruto dos lábios que só quem está ligado à Oliveira verdadeira pode produzir, e assim, Deus é glorificado (Jo 15:5 e 8).

‘O que bem ordena o seu caminho’ refere-se aquele que ‘guarda o seu pé’, ou seja, que procede bem, de modo que verá o Senhor. Essa é a condição de quem crê em Cristo!

Os novilhos agradáveis a Deus são os sacrifícios dos lábios:

“Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Tira toda a iniquidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios” (Os 14:2).

Evidencia essa verdade o ‘voto’ do profeta Jonas:

“Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do SENHOR vem a salvação” (Jn 2:9).

O crente em Cristo, por ter sido gerado de novo da semente incorruptível, é plantação do Senhor, renovo por Ele plantado, de modo que Deus é glorificado! (1Pe 1:23; Is 60:21 e 61:3).

Ao santificar a Cristo como Senhor em seu coração, o crente bem ordenou o seu caminho, de modo que será salvo (1Pe 3:15). Se reconheceu o Cristo como o Filho de Deus, viu a salvação de Deus!

 

Esboços e Sermões

A análise de Eclesiastes 5, verso 1 se fez necessário porque muitos preletores lançam mão dessa passagem bíblica para exortar os cristãos quanto ao comportamento adequado no interior de um templo.

Geralmente, após citarem a passagem de Eclesiastes, argumentam que em uma entrevista de emprego, o candidato procura estar bem apresentável; quando diante de um juiz de direito, não comparece de qualquer maneira, etc., da mesma forma, que o crente tem que vir ao templo apresentável e sabendo se portar.

Ora, que o crente deve saber se portar adequadamente no templo, preocupar-se com o visual, vestimenta, boa postura, etc., não negamos, mas esta não é a proposta do Pregador.

Se o preletor ou pastor deseja trazer instruções de boa convivência entres os frequentadores de seus templos, que o façam tendo por base regras de etiqueta social, mas que não faça uso das Escrituras fora do contexto.

Que um pastor deve instruir os seus congregados acerca de como se portarem, ou como disciplinar o comportamento dos seus filhos durante uma reunião, é salutar à comunidade, mas dizer que bom comportamento é o mesmo que ‘guardar o pé’ é torcer as Escrituras.

Que em uma reunião falar ao celular, rir, conversar, levantar-se, etc., é impróprio às boas regras de convivência, não negamos, pois perturba a todos e prejudica aqueles que querem ouvir, mas o objetivo do texto em comento é ensinar com se ‘teme’ a Deus.

Utilizar a instrução de Salomão para abordar questões de cunho comportamental ou social é desserviço ao reino de Deus, pois a lição do Pregador é de suma importância para o homem que, por intermédio de Cristo, se aproxima de Deus.

A má compreensão da mensagem do Pregador faz com que preletores fiquem irritados com crianças chorando em uma reunião e não se importem com quem desavisadamente faz um voto. Muitos pregadores se importam com o riso de um jovem em hora impropria, mas não repreendem quem abre a carteira para colocar na salva o seu sacrifício. Criam campanhas e campanhas para disfarçarem que requerem sacrifícios dos seus ouvintes, mas sentem-se vituperados se um celular tocar durante a reunião, etc.

Quantos preletores havidos por impor restrições ao povo como “não toques, não proves, não manuseies?” (Cl 2:21), a pretexto de ensinar a guardar o pé quando no interior do templo, mas não orientam o povo a não trazer sacrifícios e ofertas em vão!

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